segunda-feira, 22 de março de 2010

A descoisificação do ser


Olha, parando para pensar um pouquinho,

Descoisifique-me, nos descoisificando, por favor!

Não sou objeto de seu prazer,

E nem você é objeto do meu.

Você “é” e eu “sou”, somos!

Mas não prontos,

Não terminados em nós mesmos,

Processo, processando, por favor!



Me toca e eu te toco, claro com permissão, sem permissão não meu amor, é crime!

Me marca e eu te marco,

Ambos marcados,

É parte de mim e eu parte de você agora.

Ando deixando partes de mim por ai, preciso ser mais cuidadoso, é um estado de espírito zumbi que me zumbizeia...



Mas sabe como, é, um desapego e um apego,

Uma abertura e uma casa.



Antropofagismo, palavrinha comprida que sempre que ouço meda fome de você.

Não fiquemos mais assim longe, divididos. Para longe de nós “dualismo” infernal, viva a unidade do ser, e que agora em diante nenhuma dimensão do ser seja maior que a outra.Que cada uma tenha seu lugar no ser reconhecido. Reforma agrária do ser, sim, é evidente a dualidade, viva a adversidade do ser em nós e que desate todos nóis que aprisionam a humanização do humano.



E por favor, alteridade, alteridade, por favor, eu sei que não é fácil reconhece a gostosura do outro, mas assim fica mais fácil de ele aceitar a sua lindinha (o).



Robson Freire

3 comentários:

  1. lindo de viver o texto, nem tem graça mais eu falar que adoro as coisas que voce escreve rs
    :*
    (carol)

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  2. ''Mas não prontos,
    Não terminados em nós mesmos''

    procuramos outras extensões de nós mesmos nos outros

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  3. é difícil de se encontrar no Ser,
    ser é muitos em um só ser; ser é pouco quase sempre ,ser muitas vezes sem querer...ser... estar...acho que é igual a amar...
    simplesmente difícil dizer...mais fácil é ser assim único como vc é...lindo como o ser que é vc escreve... e me toca...com toda a permissão de vc ser o que é

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