quarta-feira, 17 de março de 2010

Puto Comigo Mesmo


Meio a meio,

Meias esquecidas,

Partes deixadas para trás,

Coisas que não me fazem parte.

Prefiro escutar o silêncio,

Prefiro perdoar, mas confesso que quero xingar. Porra!

Agora me sinto mais liberto...

Estou cansado de ser maltratado, desprezado.

Hoje me deparei com a realidade amigos, ela é um espelho.

Estou partido em cores, estou em meio ao meio de mim e de todos nós.

Hoje acordei, confesso, desesperado e com o peso das contas a pagar,

E me levanto em busca de soluções e agora tenho menos um amigo

Por que? Por ser quem sou? E dizer o que penso? O que creio e como creio?

Hoje chorei mais uma vez, e enquanto relembro escrevendo, as lágrimas surgem e me molham a alma, não tive como fugir desses tais sentimentos e não ouve racionalismo que controla-se, retirou-me da racionalidade e a fez se afogar no lago dos meus olhos...


Me acho perdido e me perco me achando,

Já não acho saber de algo,

Já acho não saber algo,

Já acho não em mim mesmo,

Já não achando mais nada,

Jaz aqui um quase poeta,

Uma quase verdade,

Um quase virgem,

Um quase feliz,

Um quase artista,

Um quase ator,

Um quase professor,

Um quase filho,

Um quase amado,

Um quase qualquer coisa que se sabe saber ou se entende como qualquer coisa que se vê por ai,

Perdido, perdido,

Achado, achado,

Esquecido, esquecido,

Em meio ao meio, em meio ao meio,

Puto, puto!

Na lapide estará escrito: quase, quase...


Robson Freire

4 comentários: