Uma vez vi o preconceito gritar do alto de um monte: Meu nome é “Preconceito”, Vocês podem me chamar “Verdade Absoluta”. Sou famoso pela marginalização de pessoas, por querer moldá-las aos meus pensamentos.
Sou conhecido por travar inúmeras guerras, por provocar inimizades entre pessoas, entre pais e filhos.
A partir de sua fé cega em mim assassinaremos milhares por causa de sua cor, de sua religião ou falta de religião, sexualidade, pensamentos, vertente política e até cientifica.
Quem frequenta meus templos tem de seguir minha lei maior: “A Hipocrisia”.
Te piso porque te amo,
te excluo porque te amo,
te cuspo porque te amo.
Não aguentei e gritei: “Por favor, me ame menos, me ame menos!” E logo depois vi o “Preconceito” correndo em direção ao coração dos homens...
Os detentores da lei dizem que não podemos conhecer a verdade e que nossa confiança é mentirosa e que somente eles as tem. Tudo bem, respeito a falta de confiança, mas pelos menos é possível o respeito?
Às vezes acho que nos perdemos na defesa da "verdade". Mentimos compulsivamente em nome dela. Achei que a verdade produziria vida, mas vejo que essa tal “verdade absoluta” produz morte.
“Para todos, em todos”. “Eu e Tu”. “O outro”: diferente de mim e o “outro Totalmente Outro”. Idolatria de nossos tempos!
Penso que quando falamos em nome de "deus" muitas das vezes estamos falando de ídolos ou falando de nós mesmos...
E minha boca sussurra: “Freud tinha razão”. É e sempre será pura ilusão esse amor ideológico que exclui, mata, estupra e nos separa. Definitivamente não perguntarei mais ao padeiro e ao açogueiro sua religião.
Hoje creio que os budistas podem ajudar os cristãos a serem bons cristãos e que os cristãos podem ajudar os budistas a serem bons budistas. Creio que toda língua confessará que somos todos irmãos!
Robson Freire
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