sexta-feira, 25 de junho de 2010

Humano, desmedidamente humano

O que quero dizer pouco direi,
Do muito que falo poucas palavras de interiores.
A você que há tanto não vejo,
Que arranhou sobre minha pele uma história.

Quando olho para trás vendo sombras, danço com elas a dança da saudade.
Ao meu lado não é mais a mesma pessoa,
E ao futuro uma certa esperança sem nome.

Querer entender a importância do “si” pro outro,
Revelando assim minha fragilidade e contradição,
Sou Cristo e sou adão.

Sou morada de sonhos mortos,
No meio de tantas mortes há de se entender o surgir da vida, mesmo que de um verme que se arrasta se deliciando dos cadáveres das expectativas.

Quando todos correm em direção ao “deus da morte”, querer parar, olhar e aceitar o “presente”, sorrir na inocência da ignorância sabida.
As incertezas moram hoje todas comigo e propõem um diálogo de papel.

Perguntas gritadas.

Prosseguir por não conseguir visualizar-se fora da consciência de que existe um outro.
Entender que é preciso morrer pelo que se acredita, ou o que se acredita morre pela sua covardia de não dizer.

Diante da consciência do caminho da morte, optar pelo grito à vida.
E se por um segundo eu me deitar pra descansar queria que se deitasse comigo.
Peço que retribua o olhar, estou cansado de olhar pra cima.

Robson Freire

Um comentário:

  1. De suas palavras, Robson
    um "Nossa", tomzémente falando Um Oh e um Ah!

    Recordei do poema sobre a liberdade, do Frei Tito,

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