quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Não deu pra dizer adeus

Preciso chorar,
preciso me rasgar e desfazer-me em luto.
Preciso lembrar , reconhecer você em mim...
Silenciar a mente e não fugir das lágrimas...
Porque vem a culpa, e é preciso se perdoar.
Quando alguém morre próximo a ti, morre também algo em você. É preciso que essa parte em ti que morreu, ressucite....

Mentira, é mentira; não dá para substituir pessoas, são insubstituíveis.

Creio na ressurreição e no Céu, mas não creio que o fato de saber que o outro foi para um bom lugar faça com que não se sinta dor e que não se sinta a perda. Não me venham com frases prontas; calar nessa hora é melhor do que dizer asneiras-chavônicas...

Meu Padinho, tô com saudades...

Não deu pra dizer adeus, nem até logo e muito menos te amo... aaaah, nem deu pra dizer obrigado. Mas óia, amo ocê, em mim você mora e é grande. Tudo que você falou e me ensinou, tenho buscado pôr em prática: sua bondade e disposição de sempre ajudar e partilhar, mesmo quando só se tinha uma sardinha e dez pessoas; você entendeu o milagre da multiplicação.

Obrigado pela influência no time de futebol. Nosso time não anda bem das pernas por agora, mas tudo bem, coração de torcedor é coração de fé.

Obrigado pelas sardinhas, pela crença nas minhas escolhas, pelos risos, pela coragem, honestidade e esperança.

Agora já no encontro com o Outro, seu coração fica em paz e a ausência de respostas não angustia, mas acalma.

Até, meu padinho!


Robson Freire

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